"Uma das primeiras fontes de conselhos de que há registro foram os oráculos da Grécia Antiga. A eles recorriam reis e generais antes de tomar decisões de vida ou de morte. O mais famoso de todos os oráculos era o de Delfos. Ao pé do Monte Parnaso, era considerado pelos gregos o centro do Universo. Lá, as sacerdotisas de Apolo revelavam suas profecias. Ao perguntar se deveria atacar os persas, o rei Creso, de Lídia, recebeu o seguinte conselho: “Se você o fizer, destruirá um grande império”. Creso lançou-se à batalha sem entender que o império derrotado seria o dele. Não basta, portanto, receber um bom conselho. É preciso interpretá-lo de forma correta."
A Grécia, o berço cultural do mundo ocidental, sempre nos traz história e ilustrações belíssimas sobre a vida.
Era uma sociedade que podia ao mesmo tempo ser bela, valorizar a arte e brutalizar o outro, relegando-o a condição de escravo.
Vale ressaltar que o maior desprezo que se tinha em relação ao escravo provinha do fato de serem, em sua maioria, prisioneiros de guerra: um homem que abriu mão da liberdade apenas para continuar vivo, ainda que de forma subserviente.
Para os gregos, a liberdade era algo além da própria vida.
Sempre podemos aprender olhando o que ja aconteceu (ou acontece) com outras pessoas ou através de um conselho, um ensinamento direto, que deve ser pedido, ou aceito, por alguém que tenha condição de fornece-lo por estar em um patamar, intelectual, vivido, acima do nosso.
O que se apreende vai de cada pessoa, como o rei grego, da história que inicia a postagem, que interpretou de forma errônea o conselho do Oráculo de Delfos.
Essa questão da interpretação é uma das coisas que sempre me faz querer explicar tudo que digo, falando ou escrevendo.
Talvez, seja também reflexo do meu "estar professor" - porque nunca somos nada, apenas "estamos" devido a própria transitoriedade da vida e as escolhas que fazemos dela e que podem mudar por completo a nossa rota.
Conselhos são sempre bons. Acredito que mesmo que não tenha idéia de aplica-los naquele momento (ou nunca) na sua vida, serve, no mínimo, como parâmetro para avaliar outras formas de abordagem de um mesmo assunto; de ver outras "verdades" além da sua sobre aquilo.
Essa possibilidade de uma nova visada, as vezes, nos ajuda a tomar um decisão mais acertada.
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