sábado, 11 de outubro de 2008



Morando com a poesia

“a poesia mora em ti”

Sim, moramos sós, eu e ela, fazendo companhia um ao outro,
Nessa imensidão vazia que tenho no peito
Já se foram todos, já não há respostas, já não há mais cantos e encantos;
Somos unidos por uma triste afinidade: somos apreciados, “lindos”, mas não amados,
não entendidos, eu a mantenho viva, penso nela e ela existe...
De sua parte ela me diz: “vem, bebe de mim e vive” e vivo cada dia.

A cada gole mata-me a dor, mato a dor...A dor de sentir tanto em um mundo adormecido
Ela me seca as lagrimas, me sacia a fome de amor, me permite ser teu amante
È cúmplice de meus devaneios, ri das minhas loucuras, mas não é um riso de escárnio
A poesia é amante dos ébrios, mas não de vinho ou mosto, tão somente de desejos,
Pensamentos, dos entorpecidos pelo coração errante que se vai em busca de morada em outro corpo...

E dessa relação de dependência, nascem palavras, nascem versos, nascem mundos, nascem desejos mudos que gritam...
Quem sabe até nasçam amores...
Já propus a ela e ela aceitou.... Quero um triângulo amoroso: eu você e ela...Ah, eu quero mesmo é um amor que me ame...

(by Aton 11/10/2008).

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