sábado, 30 de outubro de 2010

Você é uma baunilha apimentada?



Este blog foi criado, inicialmente com o objetivo de falar de tudo: de sexo a arte, mas como sexo é melhor praticado que falado, nos últimos tempos eu tenho descrito por aqui mais as poesias, musicas e coisas diversas – dentro do meu habitual ecletismo.

No entanto, hoje me deu vontade de falar sobre uma forma de prática sexual e cultura social (ou sub-cultura, como se queira dizer): o BDSM.

BDSM numa explicação mais ampla da sigla, seria Bondage e Disciplina; Dominação e Submissão;  Sadismo e Masoquismo (BD, DS e SM).

 Há quase dois anos atrás eu criei um tópico na comunidade Boemia sexual  chamado “você é uma baunilha apimentada?” para falar sobre práticas BDSM incluídas nas relações dos que não praticam cotidianamente o BDSM (chamados de “baunilhas” pelos praticantes).

Teve grandes contribuições da Menina Lice que inclusive foi em busca até das origens da baunilha (planta) e que o termo, provavelmente, faria alusão ao fato do sabor baunilha ser o sorvete mais comum, encontrado em praticamente qualquer sorveteria do planeta.

Sempre que a discussão adentra o terreno da fantasia e, nesta, fala-se do BDSM que abrange características amplas e não uniformes (como já explicitei) surgem conceitos e ideias meio que equivocadas.

O próprio meio, para disciplinar a prática e tentar sair do estigma de “parafilia” – sendo classificadas como distorções da preferência sexual na CID-10 na classe – criou-se o conceito do SSC: são, seguro e consensual para separar as praticas BDSM da mera e rotineira violência doméstica ou do individuo que não controla a si mesmo.

Dentro deste universo há uma série de matizes, não uniformes. Existe desde as práticas “softs” (sem inflingir grandes danos físicos) até Hard (práticas mais severas como cortes, agulhas, implantes de objetos, dogplay, etc).

Assim como a relação em si: 24 x 7, sessões, relacionamentos abertos, enfim,  uma forma de relacionar-se com o outro com regras mais ou menos pré-estabelecida entre ambos.

Formou-se nos últimos anos uma cultura BDSM no Brasil e a internet facilitou o contato dos praticantes pelo país, cuja dispersão geográfica agora não é mais um impedimento tão grande.

Claro, nada na vida é perfeito. Eu particularmente não gosto da idéia de “clãs” porque eu já me considero um macho Alfa e não tenho a menor vontade de me submeter a ninguém.

Em matéria de relacionamentos eu não gosto de partilhar nem de dividir as experiências que tenho com a parceira, a parceira, nada disso é para domínio público. O que é meu é meu, o que é seu, se você insistir, eu até posso considerar que possa ser “nosso”.

Tenho prazer em degustar meus prazeres sozinho com a mulher com a qual interajo, como o “pequeno príncipe” em uma versão dark... 

Todos têm total liberdade para apreciar e usufruir de nossos desejos, sem que, contudo, tenhamos a obrigatoriedade de expor-se a outras pessoas que não partilham da mesma visão e não entenderiam nossas práticas.

Sendo assim, essa necessidade da divulgação que algumas pessoas têm – de dizer do que fez ou deixou de fazer com o outro - eu credito a uma baixa auto-estima e necessidade de auto-afirmação, além de uma exposição desnecessária da outra pessoa.

Antes de se considerar um Dominador, é preciso dominar a si mesmo; antes de ser uma submissa é preciso harmonizar-se com a liberdade de sentir-se assim, prazerosamente, somente após isso deve-se partir para o “play game”.

Claro e ainda têm-se que desfazer os equívocos de outrem em relação a escolhas que se faz: a submissa, por exemplo realizará todas as vontades do seu dono, dentro e fora da sessão, se assim tiver sido acordado, mas ela é submissa a uma pessoa e não submissa a todos;

Cabe ao dominador, cuidar da sua submissa, suas necessidades mais primordiais e emocionais, bem como jamais lhe causar dano. Um dominador de certa forma é o que mais se doa na relação, contraditoriamente a idéia de que a submissa é que faz tudo...

Vemos cotidianamente muitos “pseudo” dominadores que acham que basta assim se intitular e qualquer mulher que seja submissa deverá ceder a suas vontades.

O exercício do poder é uma concessão. A ninguém é imposto ser submisso a outrem. Escolhe-se ser, e entregar sua submissão, ou não.

Tudo o que posteriormente vier a existir será construído e aceito por ambos e, caso não haja mais concordância, ocorrem os rompimentos, como em qualquer relação.

Nenhum relacionamento humano são “flores”, se há duas pessoas juntas, haveria problemas, rs... Mas, sigo aquela máxima - e indico pra todos- seja o que for, se te faz feliz e não prejudica ninguém, nem a você mesmo, então faça.

[ Peixes não voam como pássaros, pássaros não respiram como peixes, mas são felizes sendo pássaros e sendo peixes, se forçarem sua natureza sendo outra coisa (peixe no ar, pássaro no fundo do oceano) simplesmente morrerão.]

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Primavera


“Quero fazer com você o que a primavera faz com as cerejeiras”


Frase maravilhosa de Neruda e que denota algo que nos falta a todo tempo: alguém disposto a despertar em nós o nosso melhor – nosso amor, nosso sorriso, fazer florescer os sonhos...

Mas, não é porque ainda é inverno aqui dentro que vou usar isso como desculpa para não ser legal com as pessoas. 

Tentarei sempre ser o bem que acalenta, o sorriso que inspira e, enquanto a minha primavera não vem, deixarei as folhas da memória dia após perder-se ao vento.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Pode ser pra sempre...



"Se tivermos coragem
para reconhecer nossos erros
Habilidade para sonharmos juntos
e capacidade para chorarmos
E recomeçarmos tudo de novo
tantas vezes quantas forem necessárias
Então nosso amor será imortal..."

- Augusto Cury –

Simplicidade



“Na simplicidade aprendemos que reconhecer
um erro não nos diminui, mas nos engrandece,
e que as pessoas não existem para nos admirar,
mas para compartilhar conosco a beleza da existência.”

Mario Quintana

terça-feira, 6 de abril de 2010

Superestimar-se é orgulho; subestimar os demais é ignorância

Tem horas que da vontade da gente cortar relações com certas pessoas.

Acho terrível quando alguém tenta me subestimar.

As vezes te conta uma história impossível de ser verídica e, pior, tenta te convencer que aconteceu mais de uma vez...

O mundo seria um lugar muito melhor se as pessoas fossem um pouquinho mais sinceras.
Claro, e eu teria menos ataques de cólera...

Mas, infelizmente, o mundo não é ideal e temos que conviver com todo tipo de pessoa e ir selecionando com quem continuamos a conviver no dia seguinte a partir das ações que tomam conosco no hoje.

Tentativa, erro e acerto..Parece que nas relações humanas não tem outro método que dê resultado mais eficaz.
Ce la vie...

“Aos olhos nus, não passava de uma chuva repentina, mas aqui dentro soava como uma tempestade.” (Clarice Lispector)


domingo, 28 de março de 2010

quinta-feira, 11 de março de 2010

Ter um sorriso nem sempre quer dizer que se é feliz



Sorrir não é difícil: basta movimentar pouco mais de uma dezena de músculos; ter um bom plano odontológico e pronto! eis um sorriso.O difícil mesmo é ser feliz!

Ser feliz, exige ter em meio a tantas coisas que nos ocorrem a cada dia nesta vida, pelo menos um motivo substancial para nos alegrarmos; algo que compense as agruras do dia a dia.

Essa compensação varia de pessoa a pessoa, pra mim o bem supremo que podemos ter em nossas vidas é o afeto das pessoas e, dentre estas, uma que lhe seja especial; que se torne uma estrela maior no céu de preocupações, medos, incertezas e que nos aponte a direção.

Claro, ninguém deve viver em função de ninguém ou obedecer aos desejos de outra pessoa, mas vencer so tem graça se houver com quem dividir o pódio – sem contar que melhor do que estender a mão para alguém subir ao degrau que você chegou sozinho é te-la todo o tempo junto a ti: um ajudando ao outro.

Li uma Frase do Arthur Schopenhauer que achei perfeita: “O amor é a compensação da morte”.

Nossa vida é breve, o mundo nem de longe é perfeito, mas com o amor somos compensados da morte, natural e metafórica – quando falo de morte metafórica me refiro a nossos planos, projetos e sonhos que muitas vezes morrem na esterilidade do tempo ou na ausência de bases para uma aplicação real.

Mas, o amor...Este é eterno, atemporal, a parcela do sagrado que habita em nós; Uma brasa que arde e ilumina nossos corações e quando se achega a outro “braseiro” aumenta o calor e a luz, nos retirando de sob o manto frio da solidão.

Mas, enquanto o amor não vem e não há calor, nem fogo, nem luz... Mantenhamos o sorriso, quiça em breve ele volta a vir de dentro da alma e não apenas dos lábios em um processo mecânico de pouco mais de uma dezena de músculos...

Tudo para fugir da inquisição: “O que você tem?” e ter que responder a verdade sem que o outro entenda: “é o que eu não tenho...”
Aton – 11/03/2009.

quinta-feira, 4 de março de 2010

NÃO A PEC 300: CORPORATIVISMO DISFARÇADO DE AÇÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA



Suponhamos que você more em uma cidade de médio porte do Brasil. Na sua cidade tem 250 mil habitantes e 1000 policiais militares que trabalham em regime de escala de 6 horas que é a media nacional da escala da corporação militar. O que faz com que tenha em serviço, durante cada expediente de 6 horas, 250 policiais militares ou, por proporção, 01 policial para cada 1000 habitantes.
Suponhamos que este policial ganhe R$ 2.000,00 reais: 01 policial ganhando R$ 2.000 reais responsavel por 1.000 cidadãos.
Agora suponhamos que este policial ganhe R$ 4.500,00 reais: 01 policial ganhando R$ 4.500,00 reais responsavel por 1.000 cidadãos.
Você conseguiu perceber alguma melhoria na segurança pública através apenas da alteração de salário do policial?
Pois é, eu também não. No entanto, no dia 02 de março de 2010, sitiados, com a entrada principal do congresso bloqueada, impedindo que os carros circulassem e com uma barreira militar na porta da mais importante casa legislativa do país, o congresso nacional, a Câmara aprovou (com o placar de 393 votos favoráveis e duas abstenções) o texto principal da proposta de mudança na Constituição (A PEC 300) que fixa um piso nacional provisório para os policiais civis, militares e para integrantes do corpo de bombeiros, no valor de R$ 3.500 para soldados e de R$ 7.000 para oficiais.
Calculando-se por baixo, temos um total de 220 mil policiais no país com remuneração máxima, excetuando-se Brasilia, de R$ 2.015,40 (pago pelo estado de São Paulo) sendo a média nacional de aproximadamente R$ 1.500,00. Geraria um custo mensal de mais R$ 500.000, 00 e aproximadamente 6 bilhões de reais por ano na folha de pagamento. Isso considerando so o salário dos soldados.
Os oficiais representam, em média de 10 a 15% da corporação, o que da um total de 22.000 a 33.000 pessoas. Se levarmos em consideração que um coronel saíra de R$ 5.000 para R$ 15.000 reais em apenas um grupo de 100 (cem) coroneis ja temos um custo de um milhão de reais (100 vezes 10.000= 1.000.000,00).
Com esse valor que a PEC pretende pagar (6 bilhões de reais por ano), poderiamos elevar o salário de todos para o valor pago no estado mais populoso do país, São Paulo -o que na maioria dos estados significaria um aumento de 50% - e dobrar o número de policias para 450.000 policiais.
Segurança pública se faz com um maior número de policias nas ruas; com policias bem treinados, qualificados; investindo em polícia técnica; evitando que o crime aconteça e não apenas o combatendo após ser impetrado.
O que estamos vendo é uma ação corporativa "ganhando no grito"- sobre o poder das armas - promovendo uma alteração da constituição , uma intervenção militar branca.
Enquanto isso o piso nacional dos professores com curso superior obrigatorio fica em R$ 1.000, 00. Menos de 20 % do que será pago aos policiais com nível médio - um policial receberá quase o mesmo que 5 professores somados - E não adianta dizer que o policial corre risco de vida, porque o professor corre ainda mais, porque não anda armado e tem que dar aula em escolas tomadas pelo tráfico de drogas- uma realidade nas escolas públicas do país inteiro- coagido por alunos que andam armados, pela violência cotidiana, sem contar a total desvalorização da educação e desinteresse do aluno, falando apenas da questão "risco".
 Essa realidade violenta nas escolas públicas é fato concreto da inexistência ou ineficiência da inteligência policial para por fim a um problema que é a cada dia crescente.
Queremos sim investimentos na segurança pública, tanto quanto na educação, na saúde... Mas o que esta acontecendo é um uso do medo da violência para alavancar benefícios para uma categoria social. E amanhã? serão o guardas municipais a reinvidicar o mesmo piso nacional? a policia é força auxiliar do exército, então os militares também vão reinvindicar aumentos nos mesmos parâmetros? teremos condições de arcar com o custo disso? ja pagamos 4,5 meses por ano de impostos...
So o fato de não se aceitar nem mesmo que se questione a constitucionalidade da PEC 300, de dizer que todo mundo que é contra a PEC é bandido ja mostra total despreparo da corporação e ausência de diálogo tão somente para aumentar o próprio salário. O Brasil ainda convive com uma policia autoritária, violenta, despreparada. Devemos reformular a policia que temos.
Podemos e devemos sempre melhor a remuneração de todos os servidores públicos para que prestem um serviço de excelência, no entanto, temos que ter critérios. O orçamento público não é infinito.
Brasilia tornou obrigatório o curso superior para ser policial militar, o que não ocorre no restante do país; Brasília tem a maior renda per capita nacional e, consequentemente, o maior custo de vida do país. Logo, a realidade de Brasilia diverge totalmente do ES, de Pernambuco, do Amazonas...
Não podemos nos deixar enganar pelo discurso corporativista e muito menos pelo medo da violência com ameaças veladas do tipo "o dia que você precisar da policia você vai ver só..."
Vivemos em um país pobre, temos que nos adequarmos a realidade do país e que as contas públicas não são pagas por mágica, mas com impostos pagos por todos os cidadãos e que o funcionário público não pode ser um membro de uma espécie de "neoaristocracia".
Não se deixe tomar pelo discurso puramente emocional e aceitar uma temeridade que é a coação do poder legislativo. Lembre-se que temos uma longa tradição de ditaduras e intervenções militares em nossa História. Ou nos posicionamos agora ou corremos o risco de vermos a criação de um precedente perigoso: O uso da força e da intimidação sobre o congresso nacional para mudar a constituição, a lei maior de nosso país, para beneficiar grupos sociais em detrimento do restante da população que será chamada apenas para pagar a conta.
O projeto ainda deverá ir a nova votação na Câmara. Temos que procurar evitar uma aprovação sem debates de qualquer lei, mas principalmente destas que geram privilégios - seja pra quem for - a ser pagos com nossos impostos. 
Repasse esse texto para seus amigos. Discuta, debata essa questão séria. Seja de fato um cidadão.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A SABEDORIA DE APRENDER



Nunca odeie quem lhe traz o problema. Ele é somente o professor. Resolva a dificuldade e agradeça a essa pessoa pela oportunidade de evoluir.

Uma das perguntas mais freqüentes que alguém faz a si mesmo é: por que estou enfrentando este problema? Infelizmente, a maioria das pessoas encontra a resposta do modo errado: culpando o outro. A culpa é do chefe, do companheiro, dos pais, do empregado.

Mas o outro nunca é a razão de seus problemas. Se você não aprender com a dificuldade, vai repeti-la ao infinito. Vai trocar de emprego, de companheiro, de empregados, mas, quando perceber, trocou as pessoas e o problema continua o mesmo, e se repete.

Os problemas são oportunidades de aprendizado e, quando perdemos essa lição, toda dor que sentimos se torna inútil. Lembre-se: para todo problema existe solução. Aliás, essa é uma boa definição: problema é um acontecimento que vem sempre acompanhado de solução. Quando você não tiver uma solução, será necessário definir qual é o problema.

Por exemplo: você descobre que não tem dinheiro para pagar as contas. Está bem, não ter dinheiro é um problema, principalmente se os credores estão lhe cobrando e os juros aumentando. A solução provavelmente se inicia com o corte de gastos, continua com uma negociação com os credores e alguma ação para ganhar mais dinheiro. No final, extraiu-se um aprendizado de uma situação que parecia ter apenas um lado negativo.

Perceba tudo o que você pode aprender em uma situação assim:
· Aprender a gastar de acordo com seus rendimentos;
· Aprender a ser humilde para negociar com os credores;
· Aprender a ganhar mais.

A solução sempre existe! E, na maior parte das vezes, a pessoa sabe qual é. O difícil é ter a coragem de pô-la em prática. Nunca perca a oportunidade de aprender com uma dificuldade. Aprender em geral é destruir uma visão e construir uma nova perspectiva.

E, principalmente, tenha certeza de que o problema será resolvido. Se você tiver alguma dúvida disso, pense: se você morresse agora, qual seria a evolução do problema? Percebeu? Ele de alguma maneira se resolverá.

A única coisa que não funciona é jogar no outro a responsabilidade por suas dificuldades. O ódio bloqueia a criatividade e só piora as coisas. As pessoas que chamamos de inimigos são os melhores mestres que a vida nos oferece para nos ajudar a aprender as lições que nos farão crescer. Elas nos mantêm acordados para podermos evoluir. Perceba que, depois que você resolve uma dificuldade, fica até agradecido por essa pessoa ter lhe ensinado uma lição.

"Perdoar é descobrir que você não tem razão nenhuma para perdoar; é apenas viver o aprendizado. Isso só acontece quando você aproveita a oportunidade para crescer".

Se você carrega ódio de alguém, pense na lição que você tem a aprender com esse alguém e sua vida será muito melhor.

Se você tem muitos problemas, pense na lição que você tem a aprender com esses problemas e sua vida será muito melhor.

Aliás, sabe por que você tem tantos problemas? Pela simples razão de estar vivo. Pela simples razão de ter muito ainda por aprender.

 Se você está passando por um problema, pode ficar tranqüilo: ele não será o último nem o pior.
Você pode perguntar, "vai me acontecer um problema pior do que este pelo qual estou passando?"
Com toda certeza. Você já notou que o problema que estamos enfrentando no momento é sempre o pior? Quando você olha para trás, certamente vê que já teve problemas muito maiores, mas a angústia do momento presente é sempre a pior.

Viver é enfrentar desafios, pois a função da vida é o aprendizado. Eu tenho um jeito de lidar com as dificuldades que me ajuda muito. Quando estou no meio de uma situação difícil, procuro afastar todas aquelas emoções que poderiam me angustiar e digo a mim mesmo: "Não faça drama! Isso é somente um exame de uma matéria em que você foi reprovado. Estude, se dedique e passe de ano".
              
Os problemas são matérias que temos de aprender. Mantenha a cabeça tranqüila e procure aprender rápido a lição, para poder passar de ano. Se não aprender a lição, a vida sempre trará os mesmos problemas de volta para que você possa evoluir o mais rápido possível.

E não se esqueça: os problemas são sempre do seu tamanho. Como disse o poeta Adoniran Barbosa, "Deus dá o frio conforme o cobertor". A solução está sempre dentro de você. Analise a situação, peça ajuda a um amigo e concentre sua atenção na solução do problema. Mais cedo ou mais tarde, inevitavelmente, você encontrará a solução. E nesse dia vai descobrir que se tornou um pouquinho melhor como pessoa.

Uma dica fundamental: nunca odeie quem lhe traz o problema. Ele é somente o professor. Resolva a dificuldade e agradeça a essa pessoa pela oportunidade de evoluir.

O mal é como chuva de granizo: faz muito barulho, às vezes machuca, mas passa logo. Já o nosso aprendizado, não. Ele é eterno.

Texto de Roberto Shinyashiki.

É preciso ter esperança sempre...Mesmo quando é a tristeza que por dentro nos devora.





Esperança

Não! A gente não morre quando quer,
Inda quando as tristezas nos consomem.
Há sempre luz no olhar de uma mulher
E sangue oculto na intenção de um homem.
Mesmo que o tempo seja apenas dor
E da desilusão se fique prisioneiro.
Vai-se um amor? Depois vem outro amor
Talvez maior do que o primeiro.
Sonho que se afogou na baixa-mar,
De novo há de erguer, cheio de fé,
Que mesmo sem ninguém o suspeitar,
Volta a encher a maré.
Não penses que jamais hás de achar fundo
Nem que entre as tuas mãos não terás outra mão.
Pode a vida matar o sonho e o sol e o mundo,
Mas não nos mata o coração.
(Poesia de Maria Helena,– extraído do livro
Concerto a 4 mãos - de JG de Araujo Jorge - 1959 )

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010












Mudança Aqui e Agora

Que eu nunca esqueça que eu sou o comandante dos meus pensamentos, e assim sendo, escolho aquilo que penso, E o que penso construo a todo o momento, E tenho apenas o presente, escolho atrair luz ou escuridão, sabedoria ou medo, paz ou angústia, tristeza ou desapego.

Que eu saiba que o meu gesto para o próximo é reflexo do meu interno, Pois sou um espelho refletindo aquilo que eu sou, E o outro é reflexo de mim mesmo, Vejo o melhor ou o pior de cada Um. Entendendo ou condenando, faço o mesmo comigo mesmo. Que eu tenha bondade sempre em meu coração.

Que eu saiba perdoar os irmãos menos esclarecidos, pois somos todos aprendizes em estágios diferentes.

Que eu tenha amor para construir um caminho sem egoísmo, deixando sementes de luz para aquele que ainda não conquistaram seu jardim interior. Que eu possa ajudar aquele que com pureza se dirigir a mim e que eu o possa ajudar a retirar as ervas daninhas da sua alma, para que ele possa brilhar, pois apenas teremos um mundo de luz quando todos brilharmos, ajudando um ao outro, criando compaixão.

Que eu não me diminua mais diante da vida, que eu não tenha tantas necessidades e aprenda a valorizar meu templo interno, pois tendo paz internamente, estarei feliz onde eu estiver.

Que eu cuide do meu corpo, para que me sinta bem e possa espalhar minha alegria. Que eu cuide da minha mente adquirindo sabedoria para que possa ter a imensurável satisfação de poder compartilhar sempre e que eu cuide desse equilíbrio para ter assim sadia a minha alma, refletindo na minha aura as cores belas.

Que eu compreenda que colhemos durante o caminho aquilo que refletimos nele. Um grande amor é fruto de um aprendizado, assim como todas as conquistas materiais ou não. Tudo é reflexo do que construímos em nós mesmos. Não há como construir um castelo sem bases fortes e nem pintar o mais belo quadro sem libertar a criatividade e não há criatividade sem liberdade, por isso liberto-me aqui e agora sendo UM com toda a criação, respeitando meus limites e ao mesmo tempo, compreendendo que não há limites e tudo é um aprendizado no amor.

Nada poderá tirar o brilho da minha fé, pois me fortaleço naquilo que acredito, e sei que não há um fim, mas sim, estágios onde aprendemos, e não importa a religião ou o caminho, mas sim a dedicação e a fé do aprendiz, a forma que ele contribui com o mundo naquilo que ele acredita, o quanto ele consegue levar ao próximo, evoluindo assim o todo, o todo do qual fazemos parte.

Que eu não crie negatividade advinda da ansiedade de querer ter aquilo que ainda não compreendo e que eu nunca esqueça que a conquista é resultado da força de vontade, do continuar e não desistir, pois não saberemos como é a visão da paisagem sem chegar no cume da montanha. Não poderemos ver além se não amarmos e aprendermos com a barreira. Não seremos livres enquanto não desfizermos a ilusão que criamos ao acreditar que não podemos. Não poderemos ser a graça das nossas qualidades se fugirmos das fraquezas. Fraquezas que são atalhos para o crescimento.

Que eu sempre possa ter raízes na terra e asas no céu, para fazer o melhor aqui e agora mas nunca esquecendo que sou um portal para o Novo e tudo é uma ligação com aquilo que escolhemos.

Que eu saiba apreciar a beleza da morte. Ela faz parte criação. É como nascer em outro lugar, é como nascer para outra vida, pois para que possamos nascer aqui, morremos de alguma forma. Nesse caso não existe morte, mas sim, estágios de aprendizado e em todos escolhemos ter dor ou não. Tudo é fruto do crescimento da nossa consciência. Enquanto não aprendermos a lição, viveremos novamente as mesmas situações das mais variadas formas.

Que eu ame o que tenho e saiba que não tenho nada, pois sou parte de tudo tendo aprendizados das mais variadas formas. Que eu valorize meu presente, minha vida, meu corpo, minha mente, minha alma, meus defeitos, minhas qualidades e nessa caminhada entre Universos, possa cada vez mais compreender a magia da criação, nas mais diversas moradas do Criador de toda a vida, expandindo minha alegria, me tornando um Sol para aqueles que ainda caminham na escuridão construída por si mesmo.

Autor: Saimon L. Selau