quinta-feira, 11 de março de 2010

Ter um sorriso nem sempre quer dizer que se é feliz



Sorrir não é difícil: basta movimentar pouco mais de uma dezena de músculos; ter um bom plano odontológico e pronto! eis um sorriso.O difícil mesmo é ser feliz!

Ser feliz, exige ter em meio a tantas coisas que nos ocorrem a cada dia nesta vida, pelo menos um motivo substancial para nos alegrarmos; algo que compense as agruras do dia a dia.

Essa compensação varia de pessoa a pessoa, pra mim o bem supremo que podemos ter em nossas vidas é o afeto das pessoas e, dentre estas, uma que lhe seja especial; que se torne uma estrela maior no céu de preocupações, medos, incertezas e que nos aponte a direção.

Claro, ninguém deve viver em função de ninguém ou obedecer aos desejos de outra pessoa, mas vencer so tem graça se houver com quem dividir o pódio – sem contar que melhor do que estender a mão para alguém subir ao degrau que você chegou sozinho é te-la todo o tempo junto a ti: um ajudando ao outro.

Li uma Frase do Arthur Schopenhauer que achei perfeita: “O amor é a compensação da morte”.

Nossa vida é breve, o mundo nem de longe é perfeito, mas com o amor somos compensados da morte, natural e metafórica – quando falo de morte metafórica me refiro a nossos planos, projetos e sonhos que muitas vezes morrem na esterilidade do tempo ou na ausência de bases para uma aplicação real.

Mas, o amor...Este é eterno, atemporal, a parcela do sagrado que habita em nós; Uma brasa que arde e ilumina nossos corações e quando se achega a outro “braseiro” aumenta o calor e a luz, nos retirando de sob o manto frio da solidão.

Mas, enquanto o amor não vem e não há calor, nem fogo, nem luz... Mantenhamos o sorriso, quiça em breve ele volta a vir de dentro da alma e não apenas dos lábios em um processo mecânico de pouco mais de uma dezena de músculos...

Tudo para fugir da inquisição: “O que você tem?” e ter que responder a verdade sem que o outro entenda: “é o que eu não tenho...”
Aton – 11/03/2009.

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