“Meu Deus, me dê a coragem de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites, todos vazios de Tua presença. Me dê a coragem de considerar esse vazio como uma plenitude.”
Eu acredito em você
Dizem que a fé é o que nos move, nos nutre e nos faz ver o sucesso inesperado, indizível e invisível.
Ela é ao mesmo tempo é força que nos mantêm de pé quando nosso corpo já há muito gritou “basta! Cessa todo conflito e rende-te!” e é o alimento para nossa fome de esperanças.
Em dias tempestuosos, momentos em que não há em que se agarrar;
Quando nos sentimos caídos e sem forças e parece que a única coisa a nos envolver são os laços de angústia que nos laceram a alma ou a culpa que nos fustiga a consciência.Esta última é muitas vezes um inimigo interior dos perfeccionistas mais do que um aliado.
É a fé intangível e ao mesmo tempo real que se tornam as escadas que nos fazem ascender ou as asas que nos impedem de terminar fatidicamente a queda livre em que nos arremetem nossas [confusas] emoções.
Não falo da fé em um Deus apenas. De forma alguma estou apelando para uma entidade em um tempo eqüidistante e sim para sua imagem que somos nós próprios.
Eu creio e tenho fé nas pessoas;
Tenho fé que elas irão enxergar minha mortalidade; que irão ver que não importa se príncipe sou ou se de mortalhas me visto, sou apenas um homem.
O ser homem é ser divino, um quase-deus: podemos tudo, ousamos tudo e nestes impulsos e desejos muitas vezes criamos coisas lindas e em outras destruímos coisas belas.
Nossas ações trazem em si o germe do bem e do mal, de criar e destruir;
Um homem é sempre um deus quando cria, um gênio quando compõe e as vezes dominado por suas paixões seu ímpeto criador se volta em caos e vendo sua fraqueza e pobreza de alma naquele instante se vê relegado a unicamente usar o manto do choro para que lhe cubra os olhos, lhe turve a visão e talvez sentir uma dor menor.
Tenho fé que respeitarão minhas lágrimas quando me vier a dor, porque se choro, creia-me, é porque a dor lancinante roubou de mim toda divindade e a mortalidade também.
É este um estágio sem divindade, sem genialidade, o único traço de humanidade neste corpo devorado pela dor é o choro.
Hoje a minha fé se encontra depositada em tuas mãos;
Exercita tua porção divina e perdoa-me por qualquer erro, por todos os erros...
Vem! Ressuscita-me! Pois, sinto-me como um deus morto precisando de teu perdão para alcançar a redenção.
Seja minha Pietá, receba meu corpo, aqueça-o com o teu e sopra nele teu amor para que viva.Perdoa-me neste momento que eu não posso perdoar a mim mesmo.
Tenho muita fé em ti e na sua possibilidade de ser um instrumento do supremo bem.
ATON 15/12/2008
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2 comentários:
Deus está com você!
E que sua fé sempre se renove! E nos envolva em uma amizade infinita!
Que Deus te dê o consolo e o amor em todos os seus dias!!
T amoo amigo!
Esse texto me deixou confusa...Senti sua tristeza e sua angustia..mas tem algo mais q não consegui identificar...de qualquer forma..outro texto forte e bem escrito. Adorei!!
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