segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

"Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa."



Não existe um tema que pareça já ter sido mais exaustivamente debatido que o amor.
Todo mundo que já amou de verdade sabe o que é, mas quem se atreverá a dizer?

E os que se atrevem, como poderiam dele falar sem criar palavras novas?
Eu pelo menos o sinto assim: inexplicavel, intenso, avassalador. Um sentimento que vai muito além de apenas 04 letras.

É ele uma gênese da vida; A separação entre estar vivo e apenas ter existência;
Quando falamos do amor reverberamos em nossas bocas a música da criação.

Quando sentimos o amor somos os próprios instrumentos a produzir a musica celeste que faz a vida ter sentido.

O amor nos tira da solidão e, talvez, não só porque temos um ao outro, mas porque somos muitos em uma mesma sintonia, reverberando um mesmo som, produzindo uma mesma onda de felicidade, cor, vida, luz...Somos um com bilhões que eram e ainda são, pois morre o homem, mas o amor que nele habitou vive para todo sempre.

Amar é lançar-se no imprevisivel, no inusitado. É viver todos os dias uma única certeza: não existem certezas!

O amor nos faz outra pessoa; nos faz melhor do que jamais imaginávamos que poderiamos ser e na eminencia de perde-lo é como se ameaçda fosse a própria vida.

Como voltar a ser o que se era antes daquele momento? como se permitir abandonar o êxtase de ser o todo, de ser um com todos os seres que entendem o sentido da vida e agora voltar a uma existência sem referências, sem cores, sem luzes?

Perder um amor é como passar um dia pelo jardim das espérides, comer dos seus frutos, bailar com as ninfas, tocar com os satiros, voar com as walkirias e ser ovacionado em Varlalha e depois ser violentamento privado de todos os 05 sentidos que experimentaram estes momentos inefáveis.

E onde está tão grande força da vida? Em qual estrela ou abismo ou céu se esconde?
Cada qual a encontra em um lugar, eu a encontrei nestes doces olhos amendoados que me fitam e nesta voz terna que me acalenta a alma.




Talvez não vejas, não sintas ou não saibas,amor meu, mas morreria eu para que vivas;

Receberia por ti todos os castigos para que mantivessses teu sorriso;

Me dói na alma como se fossem cortes profundos na carne- e é de fato como se ela sangrasse- quando não posso impedir tua dor;

Mas, nada me dói mais quando sinto na tua voz que no meu ímpeto de ser a mão que afaga e protege, a boca que abençoa e cura, sou o flagelo que te assola.

Permita-me ó Deus que morra meu corpo antes que me morra o amor. Não quero ter apenas existência, não quero ser apenas uma casca vazia...Se assim ferido for deixa-me esvair de mim todo o sangue e retira-o de mim somente quando a última gota fluir.

Aton 15/12/2008

2 comentários:

Céu do Entardecer disse...

Q texto lindo...forte...como vc...
Feliz daquela q é amada assim com tanta intensidade. Espero, de coração q ela saiba valorizar esse sentimento...Felicidades p vcs...
Amodoro vc anjo...

Kapytu disse...

Querido.. eu te trago comigo, te trago dentro do meu coração!
Te desejo que nucna percas essa enorme capacidade de amar!!!
Amar sempre vale a pena!! Até nos momentos de dor..
Estou ao seu lado!!

Mesmo negando.. eu t amoo amigo!!

Bjsss