"Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa."
Não existe um tema que pareça já ter sido mais exaustivamente debatido que o amor.
Todo mundo que já amou de verdade sabe o que é, mas quem se atreverá a dizer?
E os que se atrevem, como poderiam dele falar sem criar palavras novas?
Eu pelo menos o sinto assim: inexplicavel, intenso, avassalador. Um sentimento que vai muito além de apenas 04 letras.
É ele uma gênese da vida; A separação entre estar vivo e apenas ter existência;
Quando falamos do amor reverberamos em nossas bocas a música da criação.
Quando sentimos o amor somos os próprios instrumentos a produzir a musica celeste que faz a vida ter sentido.
O amor nos tira da solidão e, talvez, não só porque temos um ao outro, mas porque somos muitos em uma mesma sintonia, reverberando um mesmo som, produzindo uma mesma onda de felicidade, cor, vida, luz...Somos um com bilhões que eram e ainda são, pois morre o homem, mas o amor que nele habitou vive para todo sempre.
Amar é lançar-se no imprevisivel, no inusitado. É viver todos os dias uma única certeza: não existem certezas!
O amor nos faz outra pessoa; nos faz melhor do que jamais imaginávamos que poderiamos ser e na eminencia de perde-lo é como se ameaçda fosse a própria vida.
Como voltar a ser o que se era antes daquele momento? como se permitir abandonar o êxtase de ser o todo, de ser um com todos os seres que entendem o sentido da vida e agora voltar a uma existência sem referências, sem cores, sem luzes?
Perder um amor é como passar um dia pelo jardim das espérides, comer dos seus frutos, bailar com as ninfas, tocar com os satiros, voar com as walkirias e ser ovacionado em Varlalha e depois ser violentamento privado de todos os 05 sentidos que experimentaram estes momentos inefáveis.
E onde está tão grande força da vida? Em qual estrela ou abismo ou céu se esconde?
Cada qual a encontra em um lugar, eu a encontrei nestes doces olhos amendoados que me fitam e nesta voz terna que me acalenta a alma.
Talvez não vejas, não sintas ou não saibas,amor meu, mas morreria eu para que vivas;
Receberia por ti todos os castigos para que mantivessses teu sorriso;
Me dói na alma como se fossem cortes profundos na carne- e é de fato como se ela sangrasse- quando não posso impedir tua dor;
Mas, nada me dói mais quando sinto na tua voz que no meu ímpeto de ser a mão que afaga e protege, a boca que abençoa e cura, sou o flagelo que te assola.
Permita-me ó Deus que morra meu corpo antes que me morra o amor. Não quero ter apenas existência, não quero ser apenas uma casca vazia...Se assim ferido for deixa-me esvair de mim todo o sangue e retira-o de mim somente quando a última gota fluir.
Aton 15/12/2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
“Meu Deus, me dê a coragem de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites, todos vazios de Tua presença. Me dê a coragem de considerar esse vazio como uma plenitude.”
Eu acredito em você
Dizem que a fé é o que nos move, nos nutre e nos faz ver o sucesso inesperado, indizível e invisível.
Ela é ao mesmo tempo é força que nos mantêm de pé quando nosso corpo já há muito gritou “basta! Cessa todo conflito e rende-te!” e é o alimento para nossa fome de esperanças.
Em dias tempestuosos, momentos em que não há em que se agarrar;
Quando nos sentimos caídos e sem forças e parece que a única coisa a nos envolver são os laços de angústia que nos laceram a alma ou a culpa que nos fustiga a consciência.Esta última é muitas vezes um inimigo interior dos perfeccionistas mais do que um aliado.
É a fé intangível e ao mesmo tempo real que se tornam as escadas que nos fazem ascender ou as asas que nos impedem de terminar fatidicamente a queda livre em que nos arremetem nossas [confusas] emoções.
Não falo da fé em um Deus apenas. De forma alguma estou apelando para uma entidade em um tempo eqüidistante e sim para sua imagem que somos nós próprios.
Eu creio e tenho fé nas pessoas;
Tenho fé que elas irão enxergar minha mortalidade; que irão ver que não importa se príncipe sou ou se de mortalhas me visto, sou apenas um homem.
O ser homem é ser divino, um quase-deus: podemos tudo, ousamos tudo e nestes impulsos e desejos muitas vezes criamos coisas lindas e em outras destruímos coisas belas.
Nossas ações trazem em si o germe do bem e do mal, de criar e destruir;
Um homem é sempre um deus quando cria, um gênio quando compõe e as vezes dominado por suas paixões seu ímpeto criador se volta em caos e vendo sua fraqueza e pobreza de alma naquele instante se vê relegado a unicamente usar o manto do choro para que lhe cubra os olhos, lhe turve a visão e talvez sentir uma dor menor.
Tenho fé que respeitarão minhas lágrimas quando me vier a dor, porque se choro, creia-me, é porque a dor lancinante roubou de mim toda divindade e a mortalidade também.
É este um estágio sem divindade, sem genialidade, o único traço de humanidade neste corpo devorado pela dor é o choro.
Hoje a minha fé se encontra depositada em tuas mãos;
Exercita tua porção divina e perdoa-me por qualquer erro, por todos os erros...
Vem! Ressuscita-me! Pois, sinto-me como um deus morto precisando de teu perdão para alcançar a redenção.
Seja minha Pietá, receba meu corpo, aqueça-o com o teu e sopra nele teu amor para que viva.Perdoa-me neste momento que eu não posso perdoar a mim mesmo.
Tenho muita fé em ti e na sua possibilidade de ser um instrumento do supremo bem.
ATON 15/12/2008
Eu acredito em você
Dizem que a fé é o que nos move, nos nutre e nos faz ver o sucesso inesperado, indizível e invisível.
Ela é ao mesmo tempo é força que nos mantêm de pé quando nosso corpo já há muito gritou “basta! Cessa todo conflito e rende-te!” e é o alimento para nossa fome de esperanças.
Em dias tempestuosos, momentos em que não há em que se agarrar;
Quando nos sentimos caídos e sem forças e parece que a única coisa a nos envolver são os laços de angústia que nos laceram a alma ou a culpa que nos fustiga a consciência.Esta última é muitas vezes um inimigo interior dos perfeccionistas mais do que um aliado.
É a fé intangível e ao mesmo tempo real que se tornam as escadas que nos fazem ascender ou as asas que nos impedem de terminar fatidicamente a queda livre em que nos arremetem nossas [confusas] emoções.
Não falo da fé em um Deus apenas. De forma alguma estou apelando para uma entidade em um tempo eqüidistante e sim para sua imagem que somos nós próprios.
Eu creio e tenho fé nas pessoas;
Tenho fé que elas irão enxergar minha mortalidade; que irão ver que não importa se príncipe sou ou se de mortalhas me visto, sou apenas um homem.
O ser homem é ser divino, um quase-deus: podemos tudo, ousamos tudo e nestes impulsos e desejos muitas vezes criamos coisas lindas e em outras destruímos coisas belas.
Nossas ações trazem em si o germe do bem e do mal, de criar e destruir;
Um homem é sempre um deus quando cria, um gênio quando compõe e as vezes dominado por suas paixões seu ímpeto criador se volta em caos e vendo sua fraqueza e pobreza de alma naquele instante se vê relegado a unicamente usar o manto do choro para que lhe cubra os olhos, lhe turve a visão e talvez sentir uma dor menor.
Tenho fé que respeitarão minhas lágrimas quando me vier a dor, porque se choro, creia-me, é porque a dor lancinante roubou de mim toda divindade e a mortalidade também.
É este um estágio sem divindade, sem genialidade, o único traço de humanidade neste corpo devorado pela dor é o choro.
Hoje a minha fé se encontra depositada em tuas mãos;
Exercita tua porção divina e perdoa-me por qualquer erro, por todos os erros...
Vem! Ressuscita-me! Pois, sinto-me como um deus morto precisando de teu perdão para alcançar a redenção.
Seja minha Pietá, receba meu corpo, aqueça-o com o teu e sopra nele teu amor para que viva.Perdoa-me neste momento que eu não posso perdoar a mim mesmo.
Tenho muita fé em ti e na sua possibilidade de ser um instrumento do supremo bem.
ATON 15/12/2008
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Morte e renascimento
"Pra que serve a dor? ela serve para nos ensinar o que jamais aprenderiamos de outra forma"
A angústia ou pesar que muitas vezes sentimos as vezes é o que falta para que germine a semente de um novo começo, uma nova etapa, um novo dia.
Não existe fruto se a semente não morre.
Nesse terreno incerto do futuro - que é sempre inalcansavel na medida que quando lá chegamos já é presente e o "futuro mesmo" ficou mais um segundo a frente- As sementes lançadas em meio aos prantos são por ele regadas para serem árvores frondosas.
Mas, de nada adianta semente sem luz. Embora haja lugar para ser plantada,é quase impossivel existir vida nas trevas.
Nos momentos que tudo mais acaba, que estamos perdidos na escuridão, quem nos dá a luz para novos projetos, caminhos e sonhos são os amigos verdadeiros que temos.
São eles que apontam as sementes que temos guardadas no bolso e que nos fazem ver que é tempo oportuno para o plantio.
Amigos são seres quase anjos que nos dão terra firme, colo, aconchego e nos fazem crer que há sempre um novo começo, que amanhã será melhor que hoje e nos dizem tranquilos:
"Deixa-te morrer hoje, ontem eu deixei-me morrer também e de semente virei árvore e do nada fiz-me flor e fruto."
Assim, sobre a luz do amor dessas pessoas tão especiais tudo acaba bem e passam-se todas as dores, gesta-se o novo e tudo é muito melhor do que imaginavamos ou poderiamos alcançar sozinhos.
(Aton 02/12/2008)
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