sábado, 29 de novembro de 2008



Como é dificil as vezes ser quem somos

Assim como não há "opção" sexual e sim "orientação" sexual, não se escolhe ser como se é.
Da forma bruta e do caos, encontrei-me vivo
Uma dádiva, não uma escolha.
Não escolhi a existência, me foi ofertada
E dela tento tirar o melhor, ser o melhor.

Por Deus, por todos os deuses se acaso há mais de um,
Há dias em que a guerra é grande demais,
Que o fardo é pesado demais,
Ser um exército de um homem só tem um preço alto: Não se pode ter baixas;

Sempre foi vencer ou vencer, lutar e continuar lutando.
"Minha guerra é encontrar minha paz" já disse alguém mais sábio;
No silêncio do dia, na solidão da alma eu vejo rostos que dançam,
Imagens de tempos distantes, há momentos em que a alma chora, a mente pára.
Nestes momentos só queremos ser poupados por um dia;
"só por hoje" esperamos não ter que levantar o escudo,
Nem brandir a espada,só por hoje queria a paz dos vencedores e não dos vencidos.

Sinto tua falta meu velho, meu pai, meu herói; Sinto falta dos conselhos teus,de frases tuas que me acompanharam a vida, que me mantiveram vivo para mais um combate:

"Há pessoas iguais você, há pessoas piores que você, mas melhores que você jamais admita que existam"

"É melhor morrer de pé do que viver de joelhos"
Sei que terias orgulho de mim ó pai,
Onde quer que estejas, tenho orgulho de ti.
Mais uma noite, mais uma senda, mais dor,
Pai, se puder, cuida de mim por hoje, se não, tudo bem, espero ver-te na eternidade... Sinto falta do teu amor.

Seja como for, colocarei o elmo, para não haver mais distinção entre sorrisos e lágrimas,
E velarei para que rompa o dia e corajosamente enfrentarei os meus combates,

Vou chorar apenas por hoje.Perdoa-me ó pai por não ser forte o tempo todo.



O caminho do meio


O amor, dizem, nos tira a razão
E sem razão voltamos a ser crianças
Queremos colo, aconchego, proteção
queremos descobrir o mundo, aprender coisas novas
ao mesmo tempo tendo quem nos ama ao alcance dos olhos...

As vezes não nos importamos por coisas grandes (coisas de "adulto")
E em outras fazemos as mínimas grandes e rimos ou choramos muito por isso

Qual criança, neófito por amor,
Lá no peito estão os sonhos que tenho contigo,
no brilho dos olhos a sede de vida ao teu lado
Lanço-me sem medo nos teus braços
Sei que não me deixara cair, não importa a que altura eu esteja.

Sabemos que as criança tem medo do escuro,
do bicho que mora embaixo da cama ou dentro do armário,
de perderem os pais no supermercado...

Eu, como uma criança "gande" tenho medo de te perder
Nestes corredores do mundo, nos labirintos do desencontro
No fogo do ciume, na frieza da inveja que incita o mal,
Espalha a discórdia;

Meu medo se consubstancia na certeza que te amo e que sem ti
Não haverá mais esta chama de luz em meus olhos,
Apenas os "bichos feios" -tristeza, dor, saudade- espalhados por todos os lados.

Sem tua presença, apenas por um dia, parece que faz fugir toda beleza do mundo: todas as cores, músicas, risos... Sem você aqui é tudo cinza, é tudo solidão. É tudo saudade.


Mas também tenho medo de caminhar na direção errada e perder-me também.
Vou aprender o caminho do meio: não amarei de menos, não amarei demais;
Te amarei na medida certa para que compreendas que és sublime
Que eu sei que não me pertences, que eu não te pertenço
Que estamos um no outro,Que somos um e o outro...
Que somos únicos e também somos "nós".
neste meio tempo em que aprendo, vou te amar com a força de mil sóis
E com a luz de 365 dias a cada segundo que passa.

(Aton - 29/11/2008)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008




Você: meu presente, a porta que se abre para um futuro bom.


Sou nostálgico para tantas coisas, mas não sou nostálgico no amor.

Em outros braços eras tu uma outra mulher, em outros enlaces era eu um outro homem...

Porque a experiência nos renova, a sucessão de dias nos aprimora e este novo homem e esta nova mulher que agora se encontram, se amam, farão uma nova história e com ela um novo fim, um novo objetivo que é...NÃO TER FIM.

Acho estranho falar do passado, de outras bocas, outros cheiros, outras vozes que não a tua...

“Aponte-me onde esse amor falhou”. Claro, digo eu, e abro os álbuns da mente -
Imagens dançantes de um arquivo morto de histórias: risos e choros, parece que tudo se mescla...

Temeroso, reviro páginas de pensamentos – ali jazem sentimentos mortos e os mortos sempre me incitaram o respeito.

Tento ligar rostos e fatos a historias.

“Esta não me amou”; “esta eu não amei” que desencontros!

Poderia dizer que para algumas faltou cumplicidade, em outras faltava coragem – é preciso coragem para se entregar a um amor!
E na maioria faltou amor mesmo...

Fisicamente algumas baixas, altas, gordinhas ou magras... Que diferença isso faz? Eu sempre amei pessoas e não apenas corpos...

Poderia enumerar 100 defeitos e virtudes em cada uma.

Mas, ao olhar em teus olhos, ao compará-las contigo, vejo que há apenas uma única explicação para o fato de não tê-las amado ou por não terem dado certo...

NENHUMA DELAS ERA VOCÊ MINHA PRETA!

Acho que te amei sempre, apenas demorei a te encontrar e entregar o amor que sempre foi teu...

(Aton - 26/11/2008)